Com a chegada da reforma tributária, um novo nome passou a circular com mais frequência entre os empreendedores: o IBS, sigla para Imposto sobre Bens e Serviços. Mas o que exatamente ele representa? Como vai funcionar? E, mais importante, como isso afeta a sua empresa?
Neste artigo, vamos explicar de forma clara e objetiva o que é o IBS, por que ele está sendo criado e quais os principais impactos esperados para os pequenos e médios negócios. Ao final, você entenderá como se preparar para essa nova fase da tributação brasileira.
O que é o IBS?
O IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) é um dos dois tributos criados pela reforma tributária (junto com a CBS, de âmbito federal) para substituir cinco tributos atuais: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.
Na prática, o IBS será:
- De competência estadual e municipal
- Incidente sobre o consumo (bens e serviços em geral)
- Com alíquota uniforme e creditamento amplo
- Apurado no destino (onde o bem ou serviço é consumido)
Essa estrutura se aproxima do modelo de imposto sobre valor agregado (IVA), adotado em vários países desenvolvidos.
Por que ele está sendo criado?
A proposta busca resolver problemas históricos do sistema tributário brasileiro:
- Complexidade excessiva
- Guerra fiscal entre estados
- Bitributação e cumulatividade
- Distorções que dificultam a previsibilidade dos negócios
Com o IBS, espera-se uma tributação mais clara, simples e neutra, permitindo que empresas invistam com mais segurança.
O que muda para as empresas?
- Fim da diferença entre produto e serviço: Ambos serão tributados de forma semelhante.
- Crédito financeiro amplo: As empresas poderão abater todo o IBS pago na cadeia anterior, desde que documentado corretamente.
- Alíquota única: Haverá uma alíquota nacional, com variações apenas conforme o ente federativo.
- Transparência fiscal: O consumidor verá o valor do imposto destacado na nota fiscal.
E para os pequenos empreendedores?
Empresas do Simples Nacional terão um regime de transição. O IBS não será cobrado diretamente, mas haverá mecanismos de repasse para preservar a neutralidade da carga tributária. A ideia é que o Simples continue existindo, mas com adaptações nos próximos anos.
Mesmo assim, pequenos negócios devem se preparar:
- Atualize seus sistemas de emissão de notas
- Estruture melhor seu controle fiscal
- Peça apoio contábil para entender o crédito tributário
Como se preparar desde agora?
- Converse com seu contador sobre como o IBS pode afetar seu setor.
- Revise seus processos fiscais para garantir conformidade.
- Invista em educação tributária, entendendo conceitos como “crédito”, “alíquota” e “base de cálculo”.
- Monitore as atualizações: a implementação será gradual, e cada etapa exige atenção.
Conclusão
O IBS é um marco importante rumo a um sistema tributário mais eficiente. Embora traga dúvidas no início, ele também abre oportunidades de organização e crescimento.
Na GODOIS Contabilidade, estamos acompanhando cada detalhe da reforma para orientar nossos clientes com clareza, responsabilidade e visão de futuro. Se você quer entender o que muda no seu negócio, conte com a gente. Estamos aqui para garantir estrutura e segurança nessa transição.